quarta-feira, 6 de março de 2013

"Diário do eu sozinho"


Diário do Eu sozinho 06/03/13

Li um artigo hoje, procurando saber como processar energeticamente uma separação, já que acredito que durante uma união não só os pertences se unem, mas também os corpos físicos e energéticos. 

O Processo encontrado foi o de luto. E este é encarado de diversas formas por diversas correntes.


Para Freud, o luto é um processo que dura um ano (ai jesuis...já pensei eu) e têm cinco fases distintas.


Para alguns é um processo muito específico e não se deve datar em semanas, meses ou anos... varia de acordo com a perda e com a dor. Nesse caso acredito eu, a separação é muito distinta da morte. Quando um ente que amamos morre é algo realmente duro de processar. Quando alguém que amamos se vai por vontade própria, vivo e por que quer mudar de vida, o certo seria não sentirmos tanta dor, mas aceitarmos a parte que nos é justa e seguirmos em frente também.


E iremos seguir em frente também. Mas o como é difícil. Então encontrei este texto em um blog bem interessante de pessoas que falam sobre esse "luto" pelo fim de uma relação. 


"Para os judeus, o luto dura 9 meses. Durante esse longo período _que é o mesmo da gestação_ os familiares, amigos ainda estão tentando assimilar a perda. É a fase do processamento, em que é necessário cair algumas fichas.

Não sei se esse tempo se aplica a todos nós. Mas é um ensinamento importante de um povo muito sábio. Cada um sente a dor de um jeito, e cada um tem um jeito de lidar com a perda e com a culpa. O que me parece importante é que a fase de chorar é esta mesma, logo após a separação. Melhor viver o luto na hora certa do que tocar a vida alucinadamente, sem questionar e repensar as mudanças. A vida é movimento. A gente vive, muda, chora, sorri. Mas não basta dar passos importantes, é preciso pensar sobre os passos dados e os caminhos tomados.  Do contrário, a gente corre o risco de apenas viver, sem pensar. E a vida vai cobrar a fatura com juros depois."


Não creio que vou permanecer nessa fase durante nove meses, mas acredito nesse processo, que já está se dando comigo e continuará a se dar por mais algum tempo e mais que isso, tenho a certeza de que hoje me sinto mais forte justamente por compreender e aceitar a minha humanidade e sobretudo a necessidade de acalantar essa dor até que ela passe. 


Espero que possamos nos recuperar logo dessa separação e viver a vida leve, intensa, sem culpa. Afinal, ninguém é culpado por querer ser feliz, por querer mudar de vida.





Assim, vou dar continuidade nesse meu processo até estar realmente renovada. De corpo e alma.Que mais poderia fazer além de poesia?

Como a primeira etapa, a do choro, já foi muito bem cumprida, aja meus olhos desgraçadamente inchados (como nunca os vi, diga-se de passagem, também nunca chorei assim com 33 anos...um dia e uma noite, INTEIROS)
Passo  ao terceiro passo pois o segundo, a mudança, está em processo. 

Terceiro passo, assimilação da situação. Estou assimilando que não sou mais "nós" e sim eu. Esse passo implica notificar os próximos da real situação, e tentar apaziguar os mais aflitos pois afinal de contas ninguém morreu.

E por hoje eu me contento em ficar com esses passos que já são muita coisa e continuar a catar meus caquinhos pelos cantos.

Amanhã continuo a me reorganizar internamente e principalmente externamente. Por hoje já foi muito.

E assim vamos eu e meu "Diário do eu sozinho". Obrigada a Marcelo Camelo e a Cícero pela boa Companhia.  

E a você que partiu, desejo que seja feliz em sua nova jornada,pois fui infinitamente feliz enquanto duramos.

Agora posso comer.









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