Diário do Eu sozinho 27-28-29-30-31/03/13
Das celebrações, introspecções e induções que me levaram enfim ao trabalho de parto neste domingo de Páscoa.
Esta última semana foi algo muito corrido em Paradise city, além dos céus escandalosamente belos que pude presenciar, o clima permaneceu ameno, o que me permitiu boas caminhadas pela cidade dos Ipês.
27-28/03
Resolvi cuidar de minha saúde e aproveitei o tempo para marcar médicos. Dos três que gostaria de ver, consegui apenas o cardiologista. E mesmo os exames estão difíceis de conseguir...
Mas vamos que vamos que a vida continua pulsando e se nega em parar. Ainda bem eu diria. Pois o tempo é o melhor de todos os Bálsamos.
Esses dias assistindo a cine cult pegamos um filme chamado Papai Batuta, uma produção de 1950 muito divertida e com fim não muito previsível. Aliás o Pai morre.
Devo admitir que a sensação ao ver o filme foi estranha. O luto pelo pai é ainda muito recente, mas mais incrível é a percepção de que a vida não mudou muito com o falecimento dele. Dado a sua frequente ausência a saudade é mais atenuada por que sempre fomos acostumados a passar anos sem vê-lo. Talvez ainda não tenha me tocada de que é pra sempre. Mas não sei, não é o falecimento dele que me implica. Sou eu mesma. Estou fazendo um exercício constante de auto análise e reflexão e tentando me reconstruir depois de todas essas mudanças. Tenho tido tempo para observar as pessoas que me cercam e ler muita literatura auto-ajuda... Mamãe coleciona "Bons Fluidos", aliás fui eu quem a apresentou ao periódico que ela gosta muito de ler. Já estou praticando Ho`oponopono a alguns dias e realmente funciona.
29/03/13
Sexta a noite resolvi que já era hora de beber!!!
Resultado...
Ressaca!!!Muita...física e moral... Falei um monte de merdas das quais me arrependi depois. Minha ira resolveu se manifestar na hora errada com as pessoas erradas... não foi muito legal, mas bom pra perceber que estou mais sem paciência do que antes pra determinados tipos de provocações. Fica a dica, se você não é um amigo íntimo e se eu não lhe dei liberdade pra tal, não me provoque. Quem fala o que quer, ouve o que não quer.
30/03/13
Seguindo o plano fomos nos embelezar, digo fomos por que minha irmã e minha mãe, cada uma no salão de sua preferência, fizeram os cabelos e as unhas para o casório que aconteceria mais tarde. Eu resolvi fazer a cabeça e fui a té a casa da minha primeira professora de teatro fazer uma visita surpresa e conversar sobre a vida. A dela e a minha. Sobre o que escolhi e como tenho vivido, e ela sobre como ela viveu nesses anos em que estive fora.
A Oficina Sebastião Furlan, que ajudei a fundar em meados de 1993 completa este ano 20 anos de trajetória e para sua comemoração eles irão remontar "Chão e chuva" de Sebastião Furlan. A outra diretora, me ligou na quinta para me convidar a ir visitá-los na Oficina. E me disse que gostaria que eu participasse de alguma forma, nem que vindo assistí-los no fim do ano. Fiquei veramente emocionada, com eles completo 20 anos de carreira. Pra quem têm 33 anos isso é bem significativo. São vinte anos respirando teatro, estudando, aprendendo, errando e acertando, vivenciando, sorrindo, chorando, sofrendo, lutando e gozando de uma vida artística por mais complicada que às vezes ela parece ser. A essas duas grandes mulheres Guerreiras a minha modesta homenagem. Sem vocês nada do que vivi nestes últimos 20 anos seria possível!
Reconhecimento? Dinheiro? Estabilidade? Emocional ou financeira? heheheh... das duas prefiro a primeira, aliás, essa não há dinheiro que compre. De verdade, não há. Artificialmente tudo é possível... esse tipo de felicidade se compra na farmácia, mas a que eu estou falando é uma serenidade de quem tem a vida cheia e inteira. Sou imensamente grata ã Edyna Maldi e a Kátia Mumic por tudo o que me ensinaram e por tudo o que vivemos juntas.
Dali a algumas horas, quase que atraso todo mundo pra festa...heheheh, voltei pra casa e comecei a me arrumar e tenho a vaidade de dizer que a muito não me sentia tão linda... Acho que nunca fiz um penteado como o que fiz para o casório... e digo mais, nenhum cabelo de salão foi páreo pro meu. hehehe. Bobagens a parte, me senti linda e isso me fez muito bem. Me senti admirada e isso me fez muito bem.
A vaidade feminina que por tanto tempo andou em terceiro plano voltou a dar o ar de sua graça e realmente tive o desejo de ser notada .
Unhas vermelhas nos pés e nas mãos, pele macia, perfumada. Cabelos cuidadosamente arrumados com presilhas delicadas, meia de seda e salto alto de camurça preto, tal qual o que sempre gostei de usar. Rosto bem cuidado, olhos vibrantes e boca vermelha. realmente digna de uma Pin Up.
A celebração foi tão linda que quase tive vontade de me casar de véu e grinalda e tudo...
Mas a vontade passou e antes que a melancolia me pegasse de quina, fui pra pista de dança e me acabei!!!
Tudo na celebração (tirando uns detalhes do sermão do Pastor) foi impecavelmente belo! Tudo tão lindo e gostoso... Fiquei imensamente feliz com a realização de minha prima que se esmerou em todos os detalhes. Foi ela quem fez Tudo. Minha família têm dessas. E realmente, tudo estava perfeito!
A comida deliciosa, os doces maravilhosos, a bebida muito bem servida, as músicas super dançantes! Foi uma noite memorável. Só gostaria de ter me acabado mais, mas por conta do estado de saúde da mãe, voltamos cedo.
31/03/13
Enfim, chegamos ao fim de março.
Graças!!! Oh graças!!!
Domingo de Páscoa.No próximo post, o trabalho de parto, o renascimento e meu primeiro dia de vida nova...
será que é mentira???
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