Diário do Eu sozinho.
16/04/2013 dois dias após a missa de um mês.
Ok...
Eu realmente gostaria que este fosse o último post do diário do Eu sozinho. Talvez por que acreditasse em algum lugar que ele não estaria mais sozinho... ou que a necessidade de escrever sobre esse estado não fosse mais necessária.. ou.
Ok...
Hoje foi o dia da estreia do espetáculo mais difícil de toda a minha carreira de 20 anos...
Hoje eu me contorci em lágrimas incontrolavelmente durante a morte de minha personagem. (eu deveria estar morta, mas me contorcia...espero que ninguém tenha notado)...
Ah... é um vexame do início ao fim... nem sei o que me dói mais... a dor mesmo ou a vergonha...como gostaria de poder conversar com a Cacilda ou com a Cleyde Yakonis, recém falecida...
ah...
Dói ok? Dói!
Que merda!
Dói!
Por que amo. e as pessoas se foram, as pessoas morreram e eu estou aqui. firme que nem uma pedra, mas sangrando. Muito!
Elas não sentem mais... Elas realmente não sentem mais nada... mas eu sinto. Eu sinto...
Uma pena enorme sentir o que sinto... mas sinto muito.
Deus...como eu gostaria de não sentir mais nada... absolutamente NADA!
Nem amor, nem dor, não vai dar mais pra chorar nem pra rir...
Que vergonha. Odeio expor minha fraqueza como coisa barata...
Por que ela é caríssima...
Caríssima.
Que essa tenha sido a última vez que tenham me visto chorar dessa forma. As pessoas que me viram chorar hoje não mereciam uma única lágrima minha. Nem por valor, nem por dor, nem merecimento ou vontade. Cheguei em casa hoje com vergonha. De mim. Do que sinto.
Amanhã será um novo dia... espero que eu também.
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